Actualidade: Queiroz admite recorrer a todas instâncias, incluindo a FIFA


O seleccionador nacional de futebol, Carlos Queiroz, afirmou nesta quinta-feira que se a Autoridade Antidopagem de Portugal (Adop) o castigar “todas as hipóteses estão em aberto”, incluindo o recurso à FIFA.

“Caso estas notícias se confirmem, todas a hipóteses estarão em cima da mesa e os meus advogados terão de dirigir esta questão a um nível de apreciação que passa pelas instâncias internacionais”, disse Carlos Queiroz, em declarações à TSF.

Suspenso por um mês (por injúrias, ao abrigo do regulamento disciplinar da federação) mas ilibado pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) da acusação de perturbar o controlo antidoping na Covilhã, Queiroz viu agora a Adop avocar o processo, chamando-o a si para alterar a decisão.

A Adop pode suspender o técnico até quatro anos, algo que Queiroz contesta. “A FPF e o seu CD decidiram pela absolvição e pela afirmação inequívoca de que eu não teria infringido nenhuma das normas do regulamento antidoping.”

Na entrevista à TSF, o seleccionador não quis fazer muitos comentários sobre o comportamento de Laurentino Dias, secretário de Estado da Juventude e Desporto, depois de ter dito ao “Expresso” que ficou com a sensação de que haveria motivos políticos. “Durante toda a minha vida preparei-me para batalhas de futebol. Estas batalhas na área administrativa e política não são a minha especialidade, pelo que não tenho comentários a fazer sobre o senhor secretário de Estado, para além daquilo que eu fiz e continuo convicto, ou seja, de que houve um lapso de informação inicial que levou a este equívoco.”

O Conselho de Disciplina reúne-se, entretanto, esta tarde e deverá apreciar a participação feita pela direcção da FPF sobre a entrevista do seleccionador ao semanário “Expresso”, em que o treinador aponta o vice-presidente Amândio de Carvalho como “a cabeça do polvo” que o quer ver fora da federação.

O CD irá decidir se há motivos para abrir um novo processo disciplinar.

Queiroz diz que não vê razões para um outro inquérito e mostrou-se pouco preocupado com o futuro. “O meu futuro não é importante, o importante é tratarmos do futuro da selecção nacional que começa já para a semana.” Fonte Jornal O Público

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