Actualidade: Dia D ou Dia P? Dinamarca-Portugal hoje às 19h00 na TVI



Sim, houve o tema losango e o debate sobre um novo desenho táctico destinado a dar mais presença nas imediações da área a Cristiano Ronaldo. Sim, houve também toda a polémica à volta da chamada de Liedson, a que se segue, em ponto mais pequeno, o debate sobre se o «levezinho» deve ou não ser titular na partida do Parken (19 horas em Portugal).


Houve ainda as polémicas e mind games de declarações cruzadas no diz-que-disse, sobre putativas ameaças de jogo duro e eventuais deselegâncias para com Liedson. Houve tudo isso, em pano de fundo, sim. Mas o Dinamarca-Portugal deste sábado resume-se de forma mais simples: é o jogo da última oportunidade. O primeiro de muitos, se correr bem. Caso contrário, o primeiro e último.

É a última oportunidade para um segundo fôlego da Selecção, evitando que o progressivo deslizar no ranking, iniciado ainda na era-Scolari, se transforme num naufrágio de consequências pesadíssimas: o regresso a um passado com pelo menos vinte anos.

Mas é, acima de tudo, a última oportunidade para um grupo de jogadores, com Cristiano Ronaldo à cabeça, evitar um rombo nas respectivas carreiras que, em alguns casos, se traduziria no adeus ao patamar de elite do futebol internacional. Porque as elites são presença obrigatória em Mundiais e Europeus. E porque se definem em decisões como a deste sábado. Ponto final.

É bom sinal que os jogadores tenham noção disso, como o atestam as declarações serenas e objectivas de Deco e Simão, esta sexta-feira. Bom sinal, também, que jogadores e seleccionador coincidam num ponto: o de que será a atitude, confiança e concentração dos escolhidos a decidir em primeira instância, o jogo com a Dinamarca. Mais do que as contracurvas no discurso de Queiroz, mais do que as suas opções e a atribuição de erros e culpas passadas. Acreditar que o jogo do Parken será, em primeiro lugar, aquilo que os jogadores fizerem dele é uma boa base para sustentar um optimismo que os jogos anteriores nesta campanha tudo fazem para contrariar.

Simão parte em vantagem

Frente a uma Dinamarca desfalcada na defesa, mas que mantém todas as pedras fundamentais do meio-campo para a frente, Queiroz deverá dar o baptismo de fogo ao tal modelo alternativo que há tanto tempo se reclamava e que só foi testado no particular com o Liechtenstein. Pepe, Meireles e Tiago formam o desenho do meio-campo, com Deco no apoio a uma dupla de avançados com Cristiano Ronaldo como referência obrigatória. Simão ou Liedson completam a vaga em falta, com vantagem aparente para o extremo do At. Madrid, por uma questão de experiência em jogos quentes pela selecção e por rotinas de grupo.

Equipas prováveis

Parken de Copenhaga, 20 horas locais (19 em Portugal)
Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)

DINAMARCA: Stephan Andersen; Kvist, Kjaer, Anders Christensen e Jacobsen; Rommedahl, Jakob Poulsen, Christian Poulsen e Jorgensen; Bendtner e Tomasson.

PORTUGAL: Eduardo; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Duda; Pepe; Tiago, Raul Meireles e Deco; Cristiano Ronaldo e Simão (Liedson).
Fonte TVI24

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